18 de abr. de 2012

18 de abril - Dia Nacional do Livro Infantil.

O Dia Nacional do Livro Infantil foi criado em homenagem à Monteiro Lobato e serve de estímulo para as crianças adotarem o hábito da leitura.
O Dia do Livro Infantil foi criado em homenagem a Monteiro Lobato.
No dia 18 de abril comemora-se o Dia Nacional do Livro Infantil. Nesta ocasião, é muito válido incentivar a leitura entre as crianças, tanto em casa como na escola. Ao adquirir o hábito de ler desde a infância, o indivíduo aumenta sua capacidade cognitiva e adquire novos conhecimentos.
Apesar de todos os benefícios que estão associados à leitura, uma pesquisa realizada recentemente revelou que as crianças estão lendo menos. De acordo com os dados levantados pela Fundação Pró-Livro em parceria com o Ibope Inteligência, a quantidade de pequenos leitores brasileiros caiu consideravelmente.
O dia 18 de abril deve servir de estímulo para que as crianças comecem a se interessar e sentir prazer pela leitura. Como o livro infantil é o gênero favorito entre os leitores com idade entre 5 e 10 anos, ele deve ser mais divulgado nas escolas e ser abordado em casa com motivação dos pais para criar o hábito de ler.
Origem do Dia Nacional do Livro Infantil
O Sítio do Pica-pau Amarelo é uma das produções mais notáveis de Monteiro Lobato.
dia nacional do livro infantil foi criado não só para motivar a leitura, mas também para fazer uma homenagem a Monteiro Lobato, que nasceu no dia 18 de abril de 1882. Especializado na Literatura Infanto-Juvenil, o escritor ganhou muitos prêmios por causa dos seus trabalhos e se tornou um nome respeitado no campo literário.
Entre as obras mais notáveis de Monteiro Lobato, vale ressaltar “Jeca Tatu”, “A Menina do Nariz Arrebitado” e “O Sítio do Pica-pau Amarelo”, sendo que o último trabalho mencionado inspirou uma produção televisiva. O escritor brasileiro foi responsável por criar personagens inesquecíveis, como Narizinho, Pedrinho, a boneca Emília, o Visconde de Sabugosa e a Cuca.
Monteiro Lobato teve uma carreira de sucesso e em cada obra criada procurou valorizar traços da cultura brasileira. Ele trouxe a tona em suas histórias várias figuras folclóricas e também demonstrou grande habilidade para inserir elementos da literatura universal nos seus livros. O autor de livros infantis faleceu em 1948, mas deixou um legado que continua encantando gerações.
Em 2002, a data de nascimento de Monteiro Lobato foi oficialmente registrada como o Dia Nacional do Livro Infantil.
A importância da leitura para as crianças
A leitura desenvolve a criatividade e a imaginação das crianças.
A leitura contribui com a vida da criança de diversas maneiras, sobretudo para desenvolver a imaginação e a criatividade. Ao se envolver na história contada pelo livro infantil, o pequeno leitor amplia a sua visão de mundo, adquire cultura e desenvolve habilidades importantes no âmbito escolar, como escrita, pronúncia e interpretação.

15 de mar. de 2012

14 de março, dia nacional da poesia

Pra comemorar o dia de hoje, mestre Camões:


Busque Amor novas artes, novo engenho
Para matar-me, e novas esquivanças,
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, enquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê,

Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como e dói não sei porquê.

                         Luís de Camões

28 de fev. de 2012

Nossa, como faz tempo que não posto nada aqui. Hoje trouxe as estrelas de Bilac, um dos meus poemas preferidos:

Via-Láctea
Olavo Bilac

“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso”! E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto…

E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora! “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”

E eu vos direi: “Amai para entendê-las:
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas”.

8 de fev. de 2012

Agora sim, vc é luz, raio, estrela e luar. Vá com Deus!!


Fiquei com muita pena pelo cantor Wando ter ido embora. Eu não era fã dele, o estilo de música dele não me atrai muito, mas eu adorava a música fogo e paixão. Fez parte da minha infância. Que ele encontre a paz ao lado do Senhor. O Brasil sentirá sua falta.



Fogo e Paixão

Wando

Você é luz
É raio estrela e luar
Manhã de sol
Meu iaiá, meu ioiô
Você é "sim"
E nunca meu "não"
Quando tão louca
Me beija na boca
Me ama no chão...(2x)
Me suja de carmim
Me põe na boca o mel
Louca de amor
Me chama de céu
Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
E quando sai de mim
Leva meu coração
Eu sou fogo
Você é paixão...
Você é luz
É raio estrela e luar
Manhã de sol
Meu iaiá, meu ioiô
Você é "sim"
E nunca meu "não"
Quando tão louca
Me beija na boca
Me ama no chão...
Me suja de carmim
Me põe na boca o mel
Louca de amor
Me chama de céu
Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
E quando sai de mim
Leva meu coração
Você é fogo
Eu sou paixão...
Você é luz
É raio estrela e luar
Manhã de sol
Meu iaiá, meu ioiô
Você é "sim"
E nunca meu "não"
Quando tão louca
Me beija na boca
Me ama no chão...
Quando tão louca
Me beija na boca
Me ama no chão...

31 de out. de 2011

Halloween que nada, hoje é dia do Saci Pererê!!

                                  Chega de americanizar nossa cultura!!


O Saci é um personagem brasileiro mitológico que habita o imaginário popular brasileiro principalmente no interior do país onde ainda se mantém o hábito dos mais velhos, de contarem histórias aos mais jovens nas tranqüilas e claras noites de lua.



Representado atualmente pela figura de um menino negro de uma só perna que possui um gorro vermelho na cabeça e traz sempre um cachimbo na boca. De Norte a Sul do Brasil, além do nome, são várias também as definições e representações atuais que se tem dele. No nordeste, de uma forma geral ele segue a representação antes descrita que é a mais conhecida atualmente e a mais popular.



No Sul e Sudeste há algumas variações. No Rio Grande do Sul, por exemplo, ele é retratado como um menino negro perneta de gorro vermelho que se diverte atormentando a vida dos caminhoneiros e aventureiros que gostam de viajar. Deixando-os areados ele os faz perder o destino. Ranços culturais europeus podem ter influenciado o Saci em Minas Gerais onde ganhou acessórios como: “um bastão, laço ou cinto, que usa como a “vara de condão” das fadas européias” (site: http://www.terrabrasileira.net/folclore/regioes/3contos/saci.html). Já em São Paulo, apesar de manter essas mesmas características básicas ele possui um boné em lugar do gorro.



De onde vem o (s) Saci (s)?

Segundo a crença popular os Sacis vivem setenta e sete anos e se originam do bambu. Após sete anos de “gestação” dentro do gomo do bambu ele sai para uma longa vida de travessuras e quando morre se metamorfoseia em cogumelos venenosos ou em “orelhas de pau”. Quem é do interior ou já foi ao campo a passeio deve ter visto alguma vez, uma espécie de cogumelo que se forma nos troncos das árvores e que se parece com uma orelha. É isso que os matutos chamam de “orelha de pau”.



As principais características

Apesar das inúmeras definições dessa famosa entidade folclórica algumas características são mais presentes e recorrentes nas descrições do Saci. Sabe-se que em geral:



- é um ser que vive nas matas;

- é extremamente misterioso;

- é negro, pequeno e possui apenas uma perna;

- usa um capuz vermelho e um cachimbo;

- não possui pêlos no corpo;

- não possui órgãos para urinar ou defecar;

- só tem três dedos em cada mão;

- possui as mãos perfuradas;

- adora assoviar e ficar invisível;

- vive com os joelhos machucados, resultado das travessuras;

- tem o domínio dos insetos que atormentam o homem: mosquitos, pernilongos, pulgas, etc.;

- fuma em um pito e solta fumaça pelos olhos;

- adora fazer travessuras;

- pode, em momentos de bom humor ajudar a encontrar coisas perdidas;

- gira em torno de si feito um pião e provoca redemoinhos;

- pode ser malvado e perigoso;

- adora encantar as criancinhas faze-las perder-se na mata;



Saci: malvado ou apenas peralta?

Entre todas essas características uma é unânime: sua personalidade travessa. Algumas pessoas acreditam que ele é mau outros dizem que ele é apenas um garoto traquino que adora fazer pequenas travessuras, mas sem o intuito de fazer o mal, apenas de se divertir. Seja como for diz a lenda que ele é muito peralta. Adora assustar os animais, prendê-los, criar situações embaraçosas para as pessoas, esconder objetos, derrubar e quebrar as coisas, entre outras danações.



Diz a lenda que ele não é apenas um brincalhão ou um espírito mau. Tratar-se-ia de um exímio conhecedor das propriedades medicinais das ervas e raízes da floresta. Se alguém precisa entrar na mata e pegar algo, portanto, tem que pedir autorização do Saci, pois entrando sem permissão cairá inevitavelmente em suas armadilhas.



Como escapar do Saci?

Algumas pessoas afirmam que o único meio de driblar o negrinho é espalhando cordas ou barbantes amarrados pelo caminho. Assim ele se ocuparia em desatar os nós, dando tempo da pessoa fugir de sua perseguição. O Saci também tem medo de córregos e riachos, por isso, atravessar um pode ser uma alternativa, pois o Saci não consegue fazer a travessia.



Mas o único meio de controlar um Saci, segundo o mito, é tirando-lhe o gorro e prendendo-o em uma garrafa. Para isso é necessário jogar uma peneira ou um rosário bento em um redemoinho. Só dessa forma se pega um Saci. Uma vez preso e sem o gorro que lhe dá poderes ele fará tudo que for mandado.

As origens


Diante de todas essas informações fica a pergunta: onde teria nascido a lenda do Saci? Os estudos sobre o folclore brasileiro apontam a origem indígena quando falam da lenda do Saci. Esse mito teria surgido na região Sul do Brasil durante o período colonial, por vota do final do século XVIII, por ocasião das Missões.



A alcunha pela qual o Saci é mais popularmente conhecido é Saci-Pererê, mas seu nome originalmente era Yaci-Yaterê de origem Tupi Guarani. De acordo com a região do Brasil ele pode, porém, ser conhecido por uma variedade de apelidos.



O dicionário Aurélio traz as seguintes variações de nomes do Saci: “Saci-cererê, Saci-pererê, Matimpererê, Martim-pererê” (AURÉLIO, 2005). Além dessas denominações Martos e Aguiar (2001, p. 75) apontam ainda: “saci-saçura, saci-sarerê, saci-siriri, saci-tapererê ou saci-trique”. Por ser considerado por alguns um perito na arte da transformação em aves, o negrinho travesso recebe ainda nomes de passarinhos nos quais se transforma, como por exemplo: matitaperê, matintapereira, sem-fim, entre outros (ibidem, p. 75). Na região às margens do Rio São Francisco ele é conhecido pela alcunha de Romão ou Romãozinho.



A metamorfose do Saci

Quando surgiu, o saci foi representado por um curumim2 endiabrado, de uma perna só e de rabo. Suas traquinagens tinham como objetivo atrapalhar a entrada dos intrusos na mata, ou seja, no território indígena. Era provavelmente uma forma encontrada pelos nativos de resguardar seu território da invasão dos indesejados homens brancos.



A figura original do Saci – garoto índio – sofreu alterações por ocasião da inserção, na cultura brasileira, de elementos africanos e europeus, trazidos para cá pelos negros escravos importados da África e pelos colonizadores.



Ao chegarem a terras brasileiras trazendo seus próprios mitos e difundindo-os entre os que aqui habitavam, africanos e europeus provocaram uma mescla de características das três culturas, assim, a lenda do saci ganhou elementos novos.



O Saci se transformou em um garoto negro de características físicas africanas. Alguns acreditam que a ausência da perna se deveu a uma perda sofrida em uma disputa de capoeira, luta praticada pelos negros africanos. Também ganhou um cachimbo, típico dos costumes africanos. Da cultura européia ganhou um elegante barrete vermelho que reza a lenda, é a fonte de seus poderes mágicos.

Conclusão



Apesar de todo o encanto dessa lenda e desse personagem. Mesmo com a resistência em alguns lugares da cultura de contar histórias, o que se percebe hoje é a desvalorização da cultura oral e o enfraquecimento desses costumes a cada dia.



Alguns fatores, porém têm contribuído para que o Saci não se apague da memória de nosso povo e facilitado o acesso de mais pessoas a essa lenda que integra o patrimônio literário e cultural brasileiro.



Graças à criatividade de escritores brasileiros como: Maurício de Souza, Monteiro Lobato e Ziraldo, esse personagem viajou do campo para as grandes metrópoles e até mesmo para o exterior através de suas obras.



Monteiro Lobato, escritor conhecido do público infantil, foi o primeiro a lembrar o Saci. Nas décadas de 1970 e 1980 o personagem apareceu nas histórias do Sítio do Pica-Pau Amarelo e o personagem ficou conhecido em todo o País. Este é, talvez, o escritor que mais difundiu esse personagem, primeiro através da obra escrita e depois através da obra televisionada, que hoje tem alcance internacional, levando nosso personagem ao conhecimento do mundo.



Maurício de Souza, criador da turma da Mônica, também incluiu o Saci nas suas histórias em quadrinho, principalmente nas do personagem Chico Bento, que é um matuto da roça. Outro que imortalizou o Saci em sua obra foi Ziraldo com a criação da turma do Pererê, que também alcançou as telas da televisão.



Além do impulso dado pela literatura, outro fato importante foi a criação, em 2005, pelo governo brasileiro, do dia nacional do Saci, que deve ser comemorado dia 31 de outubro. Essa idéia surgiu com o intuito de minimizar a importância que se dá à comemoração do dia das bruxas3, reduzindo assim, a influência de culturas importadas e favorecendo a valorização da cultura e do folclore nacionais.

http://www.infoescola.com/folclore/a-lenda-do-saci-perere/

18 de out. de 2011

Onda verde. Show!

Desabafo de uma senhora idosa sobre a onda de "preservação do meio ambiente"




DESABAFO



Na fila do supermercado, o caixa diz a uma senhora idosa, em tom de reprimenda:




" A Sra. deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que os sacos de plástico agridem o meio ambiente!".




A senhora pediu desculpas e disse:






"Não havia essa mania verde no meu tempo."










O empregado respondeu:






"Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente!!! "




"Você tem certeza? - responde a velha senhora - nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente? Vamos ver...




Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e de cerveja eram devolvidas à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reutilização.Os fabricantes de bebidas usavam as garrafas milhares de vezes, até se quebrarem.


Realmente não nos preocupávamos com o meio ambiente no nosso tempo...


Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios.


Caminhávamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.


Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente....


Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis.


Após serem lavadas, a secagem das nossas roupas era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. As energias solar e eólica, captada pelo varal no quintal, é que realmente secavam nossas roupas.


Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.






Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias...




Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?




Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós.


Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou proteções de isopor, que duram cinco séculos para começar a se degradar.


Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama; era utilizado um cortador de grama impulsionado pelo dono, o que exigia músculos. O exercício era extraordinário e ele não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.


Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente...




Bebíamos água diretamente do filtro (de cerâmica), em copos de vidro ou alumínio, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os rios e oceanos.




Nossas canetas tinteiro eram recarregadas com tinta milhares de vezes ao invés de comprar uma outra. E não usávamos canetas BIC, era lápis mesmo.




Os homens usavam navalhas ou lâminas de aço do tipo "gilete",para barbear=se, ao invés de usar e jogar fora dezenas de aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lámina ficou sem corte.






Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época... Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou de ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe motorizada, como um serviço de táxi 24 horas.




Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos eletro-eletrônicos.




E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélite a milhares de quilômetros no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.




Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?"



Autoria ignorada

14 de out. de 2011

Concordo plenamente!!

MÁRIO PRATA


As mulheres de 30

O que mais as espanta é que, de repente, elas percebem que já são balzaquianas. Mas poucas balzacas leram A Mulher de Trinta, de Honoré de Balzac, escrito há mais de 150 anos. Olhe o que ele diz:
'Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis. A mulher jovem tem muitas ilusões, muita inexperiência. Uma nos instrui, a outra quer tudo aprender e acredita ter dito tudo despindo o vestido. (...) Entre elas duas há a distância incomensurável que vai do previsto ao imprevisto, da força à fraqueza. A mulher de trinta anos satisfaz tudo, e a jovem, sob pena de não sê-lo, nada pode satisfazer'.

Madame Bovary, outra francesa trintona, era tão maravilhosa que seu criador chegou a dizer diante dos tribunais: 'Madame Bovary c'est moi'. E a Marilyn Monroe, que fez tudo aquilo entre 30 e 40?

Mas voltemos a nossa mulher de 30, a brasileira-tropicana, aquela que podemos encontrar na frente das escolas pegando os filhos ou num balcão de bar bebendo um chope sozinha. Sim, a mulher de 30 bebe. A mulher de 30 é morena. Quando resolve fazer a besteira de tingir os cabelos de amarelo-hebe passa, automaticamente, a ter 40. E o que mais encanta nas de 30 é que parece que nunca vão perder aquele jeitinho que trouxeram dos 20. Mas, para isso, como elas se preocupam com a barriguinha!

A mulher de 30 está para se separar. Ou já se separou. São raras as mulheres que passam por esta faixa sem terminar um casamento. Em compensação, ainda antes dos 40 elas arrumam o segundo e definitivo.
A grande maioria tem dois filhos. Geralmente um casal. As que ainda não tiveram filhos se tornam um perigo, quando estão ali pelos 35. Periga pegarem o primeiro quarentão que encontrarem pela frente. Elas querem casar.

Elas talvez não saibam, mas são as mais bonitas das mulheres. Acho até que a idade mínima para concurso de miss deveria ser 30 anos. Desfilam como gazelas, embora eu nunca tenha visto uma (gazela). Sorriem e nos olham com uns olhos claros. Já notou que elas têm olhos claros? E as que usam uns cabelos longos e ondulados e ficam a todo momento jogando as melenas para trás? É de matar.

O problema com esta faixa de idade é achar uma que não esteja terminando alguma tese ou TCC. E eu pergunto: existe algo mais excitante do que uma médica de 32 anos, toda de branco, com o estetoscópio balançando no decote de seu jaleco diante daqueles hirtos seios? E mulher de 30 guiando jipe? Covardia.

A mulher de 30 ainda não fez plástica. Não precisa. Está com tudo em cima. Ela, ao contrário das de 20, nunca ficou. Quando resolve, vai pra valer. Faz sexo como se fosse a última vez. A mulher de 30 morde, grita, sua como ninguém. Não finge. Mata o homem, tenha ele 20 ou 50. E o hálito, então? É fresco. E os pelinhos nas costas, lá pra baixo, que mais parecem pele de pêssego, como diria o Machado se referindo a Helena, que, infelizmente, nunca chegou aos 30?

Mas o que mais me encanta nas mulheres de 30 é a independência. Moram sozinhas e suas casas têm ainda um frescor das de 20 e a maturidade das de 40. Adoram flores e um cachorrinho pequeno. Curtem janelas abertas. Elas sabem escolher um travesseiro. E amam quem querem, à hora que querem e onde querem. E o mais importante: do jeito que desejam.

São fortes as mulheres de 30. E não têm pressa pra nada. Sabem aonde vão chegar. E sempre chegam.

Chegam lá atrás, no Balzac: 'A mulher de 30 anos satisfaz tudo'.

Ponto. Pra elas.